25.11.08

007 QUANTUM OF SOLACE

Tavinhu assistindo

E está nas telonas mais uma edição do clássico 007. Na segunda versão tendo Daniel Graig como o agente secreto mais famoso do mundo o filme mostra o que qualquer outro da série já mostrou.

Ruim por isso? Não. Os adoradores da série vão ver mais uma história em que o agente atua com destreza, mas a surpresa fica porque pela primeira vez James Bond é encarado como uma pessoa normal, com sentimentos e fraquezas. Por isso mesmo o filme se torna mais interessante, já que mostra um lado mais humano do personagem e chega a citar que o agente britânico realmente se envolveu com uma Bond Girl, nesse caso a do filme anterior.

For isso as cenas de perseguição são boas – embora tenha preferido as do primeiro longo nessa nova fase da série – mas não há como negar que o roteiro desse 007 é muito mais interessante que o antecessor. Resumindo, uma boa diversão para quem gosta do gênero... Vale sim uma ida até os cinemas.

17.11.08

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Tavinhu assistindo sentado

Esse é daqueles documentários na concepção da palavra. Sem qualquer parte ficcional – tirando algumas cenas q nem colocaria como reconstituições, mas sim q servem apenas pra ilustrar alguns fatos – é daqueles filmes que tem que ser assistido por quem gosta do gênero.

Mas se houver alguma dúvida se vale a pena ir ao cinema pra esse tipo de filme, não deixe de assistir Procedimento Operacional Padrão. Só o fato de ser feito em cima de uma história recente (as fotos tiradas pro soldados americanos em Abu Ghraib) já é um bom motivo para a ida ao cinema, ainda mais se associarmos ao fato do documentário ter entrevistado quase todos os principais envolvidos no escândalo.

Porém o grande trunfo do documentário de Errol Morris é colocar uma nova questão sobre uma história que a época foi bastante debatida. Ao perceber que os tais atos mostrados pela imprensa na verdade faziam parte do cotidiano das forças armadas americanas o filme passa a discutir se os verdadeiros culpados pelos procedimentos utilizados na prisão no Iraque foram os que acabaram condenados.

O único se não do filme fica por conta da aparição exagerada das câmeras usadas para tirar as tais fotos, que dá uma impressão de algo de merchandising que não era necessária. De qualquer forma é certamente uma boa oportunidade para você rever tudo que pensou a época, mudando algumas opiniões e reafirmando outras.

13.11.08

FATAL

Tavinhu dormindo

Pois é, a idéia desse blog é também falar dos filmes que não gostei. Então vou estrear essa parte com um filme que fui assistir essa semana. O novo longa de Penelope Cruz é um desses que não pode nunca ser assistido numa sessão muito tarde.

A história do filme até é interessante, já que fala de relacionamentos. Principalmente das complicações dos relacionamentos. Tem no final uma boa interpretação sobre viver a vida intensamente, mas o que poderia gerar um roteiro bom acabou se perdendo na morosidade do desenrolar dos fatos. Cinema arte dirá alguns, mas nem isso o filme, no meu entendimento, consegue ser. Afinal não se enquadra com perfeição nesses filmes chamados “Cult”. Parece muito mais algo perdido entre isso e os blockbusters.

Totalmente rejeitado. Também não, afinal só estou dormindo e não indo embora (risos). Mas, certamente, com tantas opções boas passando nos cinemas não vale perder tempo com ele.

10.11.08

ÚLTIMA PARADA 174

Tavinhu assistindo sentado

Mais um filme brasileiro. E esse se não fosse toda a repercussão de tocar novamente no assunto do assalto ao ônibus 174, o filme de Bruno Barreto ainda será o representante brasileiro na disputa pela indicação ao Oscar de melhor filme estrangeiro. Por isso tudo não pude deixar de assistir, afinal certamente tanto o assunto quanto o filme provocam muitas discussões.

Talvez a mais importante delas, é que essa obra de ficção (diferente do documentário de José Padilha, que inclusive originou essa película) mostra a trajetória de Sandro Dias até o dia fatídico, o que justifica o nome de “última parada”. O diretor tenta mostrar a vida do personagem principal dessa história marcada por violências comuns em nossa cidade. Como sobrevivente da chacina da candelária, Sandro tinha tudo para ser um personagem vitimizado no filme – como se o fato final ocorrido tivesse sido gerado pela mesma sociedade que excluiu o autor dos momentos de terror transmitidos ao vivo pela TV.

Mas, ao contrário do que alguns críticos alegam, a narrativa conseguiu render humanidade a Sandro, que oscila entre momentos que é aquele menino que chora ao perder a mãe cedo e sonha em conhecer Copacabana e uma pessoa, que apesar de algumas oportunidades oferecidas de resgate de sua vida, prefere entregar-se aos métodos mais violentos. Não cabe a mim, e não vejo intenção alguma no autor em distinguir qual realidade o personagem se encaixa melhor, e muito menos justificar ou acusá-lo pelos seus atos. É apenas uma narrativa que descreve de forma rotineira a dualidade de um ser humano.

Por isso o filme se torna interessante, pois nos faz refletir de forma mais profunda sobre um fato verídico e seus desdobramentos. Mas, aí cabe a observação que não por isso se enquadraria em um filme para disputar o Oscar. A famosa academia já deu mostras que filmes que apenas apontam mazelas da sociedade passam longe de ser premiados, e somente se a isso fosse dado doses cavalares de lirismo poderia ter alguma chance de sair com a tão sonhada estatueta.

Cabe ainda uma observação especial sobre Michel Gomes, ator principal da trama, que encara com excelente atuação todas as dificuldades de encarnar um personagem complexo a esse ponto (mesmo que o ator venha de uma realidade parecida com a do personagem). As cenas finais, que boa parte de nós acompanhou ao vivo pela TV prima pela excelência nos detalhes e nos transporta à realidade vivida naquele junho de 2000.

5.11.08

EU, MEU IRMÃO E NOSSA NAMORADA

Tavinhu assistindo sentado

Depois de falar de filmes mais conceituados que tal uma comédia romântica bem sessão da tarde? É essa a proposta de Eu, meu irmão e nossa namorada.

A história de um “amor proibido” e todos os seus desdobramentos já é bastante batida no cinema, mesmo em gênero comédia e não drama. Mas pra quem deseja uma diversão leve e despretensiosa o filme cai como uma luva. Atuações compatíveis com o nível de exigência do roteiro, que aliás é bastante previsível mas nem por isso menos divertido.

Sair do cinema com algum tipo de pensamento mais complexo? Nem pensar, não é esse o objetivo do filme. A proposta é muito mais apenas diversão, e nesse sentido o filme está valendo. Daqueles que você assiste se não tiver outra opção mais chamativa, afinal ele não perde em nada se for visto depois na TV ou alugando DVD.

4.11.08

JOGOS MORTAIS V

Tavinhu assistindo sentado

E depois de um ano esperando pude ver a continuação da série de filmes mais recente que eu adoro. Mas, a expectativa toda para ver a continuação da parte quatro da série acabou ficando adiada.

É simples. É que Jogos Mortais V na verdade não vêm para a continuação da série. Ao menos não como parece no término do quarto filme. Serve muito mais para explicar o surgimento de um “novo” personagem – novo apenas por estar se destacando a partir do quarto filme – que ao que parece será primordial para a continuação das histórias de Jigsaw. Por isso, quem for esperando um filme tão bem estruturado quanto os quatro primeiros pode sair um pouco decepcionado.

O filme não é ruim, mas certamente não é o melhor da série. Mas desvenda alguns mistérios que vinham se acumulando desde o segundo filme e a que tudo indica serve como laço entre as histórias pregressas e as que vêm por ai nas duas próximas edições da série já confirmadas.

Para quem não gosta da série por suas cenas fortes, esse é até um dos que tem as cenas mais tranqüilas. E o principal, muda a característica de uma grande revelação no final, que quase te exige rever o filme para prestar atenção em detalhes que escaparam. Mas nesse caso vale a pena depois de ver o quinto alugar os quatro primeiros e ver como a lógica já vinha sendo apresentada, mas a gente não percebia.