29.2.12

A invenção de Hugo Cabret

Tavinhu aplaudiu sentado

Apesar da tradução do nome do filme (Por que não colocaram “Hugo” como o original?) ser péssima, já que Hugo não inventou nada, o filme que levou a maioria das estatuetas do Oscar nos prêmios técnicos é daqueles que te faz sair leve do cinema. Uma história singela, uma fotografia e reconstituição de época perfeitas e um enredo que cumpre seu papel.

Aliás, logo se entende porque o filme levou as estatuetas técnicas, uma vez que as cores vibrantes, o som e as imagens não deixam dúvidas que Hugo é daqueles filmes para ser visto na telona do cinema, de preferência em 3D. Se os prêmios na noite do Oscar pararam por aí, também se explica que não devemos esperar um enredo profundo e atuações maravilhosas. Mas, importante ressaltar que se não notáveis, nenhuma dessas questões também estão comprometidas no filme.

Resumindo, é um filme para toda família, em um dia que você deseja ir ao cinema por pura diversão, e que demonstra uma qualidade técnica muito boa. Vale a pena!

29.1.12

Os descendentes

Tavinhu assistiu sentado

Começando a maratona pra tentar ver todos os principais filmes do Oscar. Hoje foi dia de “Os Descendentes”. Um filme ok, mas longe de merecer levar um Oscar. Um enredo até interessante, mas com um timing de roteiro totalmente perdido.

Quando um filme de menos de duas horas te cansa, algo tem de errado né? Pois é. O início arrastado compromete totalmente, e na hora mais interessante da estória tudo acontece rápido demais. Certamente teria sido mais interessante na mão de outro diretor. Alexander Payne errou a mão.

As atuações são boas, mas George Clooney indicado como melhor ator é completamente descabido. Ele não compromete, mas está longe de suas melhores atuações. Aliás, as atuações de Amara Miller e Shailene Woodley (suas filhas no filme) é que devem ser destacadas.

Mas, apesar de não ter achado o filme isso tudo que alguns críticos dizem, ainda mais no dia seguinte a ver um filme bem mais denso como “Os homens que não amavam as mulheres” (escrevo depois sobre), serve como diversão e rende algumas boas risadas. Ah sim, e o drama que envolve o enredo é comovente também, embora longe de provocar lágrimas na platéia.

22.1.12

Um conto chinês

Tavinhu aplaudiu sentado

Estar numa cidade menor como Vila Velha pode trazer grandes surpresas. No Rio, com a quantidade de filme que chega, eu já não conseguiria mais assistir “Um conto chinês” no cinema. Pois bem, ontem depois da praia fui ao cinema assistir.

E que delícia de filme. Uma comédia, mas não daquelas bobalhonas, com uma pitada forte de drama, sem qualquer tipo de choradeira. Um enredo simples, baseado (acreditem) numa estória real de uma vaca que caiu de um avião em cima de um barco pesqueiro. Mas, o principal do filme, na verdade, é falar da solidão, de amizades puras e verdadeiras e até mesmo de como nada acontece por acaso.

A tal notícia da vaca apenas é o ponto de partida pra uma estória envolvente de um argentino solitário e seu amigo acidental chinês. Tudo dosado com profundidade, mas principalmente com doses de um humor na medida certa. O desenrolar da convivência de culturas e línguas tão diferentes é uma experiência única, e por isso, pra mim, o filme foi mais especial ainda.

Ver a maneira como o chinês se comporta, sempre solicito e educado, e principalmente de como desanda a falar em cantonês, como se todo mundo fosse entender, me lembrou e muito minha viagem pra China. Algumas boas risadas que dei na sessão se remetiam a coisas que vivi nessa louca experiência de conhecer Pequim. Imperdível pra quem já esteve lá.

Para quem está nos grandes centros, e ainda não assistiu o filme, só resta mesmo alugar. Mas vale a pena.

7.1.12

I’m Cool - O novo clipe de Gretchen

Tavinhu preferia não ter visto

Não é novidade pra ninguém que os anos 80 são conhecidos como os mais bregas, inclusive na música. Mas tanta tosqueira junta rende um bom ritmo e até diverte em festa (quem nunca ficou berrado pro ursinho blaublau bêbado em uma festa). Inclusive rolou um bom revival de ídolos daquela época. Mas, o que garantiu a retomada desses sucessos foi uma fórmula mágica: Tocar a exaustão as músicas antigas, sem ter a pretensão de lançar algo novo, e se assumir brega sem tentar parecer sério.

Rainha do rebolado, precursora de Carla Peres e companhia, Gretchen se encaixa nesse perfil de cantores que animavam o auditório do Chacrinha entre um bacalhau e um abacaxi arremessados pelo apresentador. E por isso mesmo, rende até hoje boas risadas nas festas quando já em altas horas o pessoal começa a dançar a Conga. O problema é que ela não se dá por satisfeita de viver só de passado, inflamada inclusive por uma filha que já foi gay, voltou a ser mulher, e agora parece mais um homem (todas as transformações devidamente acompanhadas por “debates importantíssimos” no programa Superpop).

É assim que então o assunto de ontem na internet foi o novo clipe de Gretchen. O curioso é que na verdade o clipe é de uma banda com participação dela. Mas, a tal banda que numa jogada de marketing incrível a convidou pra uma faixa, ficou em segundo plano. Nada mal, melhor segundo plano de Gretchen e ser visto, do que simplesmente não existir. Ou alguém já tinha escutado falar em 1E99?

O problema é que o clipe tenta se levar a sério, com a historinha de um fã da cantora, que coloca um vinil pra tocar e tem sua ídola materializada num truque de quinta categoria. Aliás, de quinta categoria já são as luvas de Ana Maria Braga que o cantor usa. Pra piorar uma letra de música que se auto-intitula I’m a Cool (que facilmente vai virar ai meu cu) cercada por gemidos muitas vezes não acompanhados na “brilhante” interpretação de Gretchen no vídeo. E se ninguém conhece ela, como a música sugere, quem dirá a IE99 né.

Não sei se tenho vergonha da cantora, do diretor de imagens (tinha algum?) que abusou dos closes na pele já não mais jovem da Gretchen, da banda trash ou dos erros de filmagem que ainda somos obrigados a ver quando sobem os créditos. Resumo: péssimo. Mas tão trash que não duvido vire hit.

Ah sim, e se existe alguém que ainda não viu: http://www.youtube.com/watch?v=il0o6wU0UA0&feature=youtu.be&a

5.1.12

Imortais

Tavinhu aplaudiu sentado

Quem assistiu 300, dos mesmos produtores, sabe bem o que esperar de Imortais. Um filme com muitas lutas, com sangue em detalhes, e um ritmo das cenas que destaca a parte principal das produções: batalhas. Então não vale a pena assistir o filme? Lógico que vale. Quem viu 300 sabe também que poucos filmes abusaram de efeitos especiais pra mostrar em detalhes batalhas épicas.

Ambos se referem a histórias gregas, mas dessa vez o enredo vem acompanhado de boa dose de mitologia, o que o transforma em mais interessante que 300 (ao menos pra mim). Aliás, a história é muito bem contada e os 110 minutos do filme passam numa velocidade absurda. Com tantos detalhes nas batalhas, é o típico filme pra ser visto em 3D (de preferência em uma sala que o som esteja perfeito, bem diferente do Kinoplex Leblon que teve falhas do som em cenas bem importantes).

Destaques pra algumas cenas, que de tão aflitivas levam o cinema inteiro a suspirar no intervalo estrategicamente com a tela completamente preta. Destaque também para o desfile de beldades que passam pelo filme, principalmente Henry Cavill, que arrancou outros tipos de suspiros da platéia a cada cena (risos).